Nesse dilema popular vive o agricultor da região oeste do Rio Grande do Norte, sem grande inverno e após uma seca terrível, onde o sertanejo viu ser rebanho ser praticamente dizimado, resta-nos fazer essas indagações, em virtude do que hoje ocorre com a venda do milho através da CONAB.
Primeiro o produtor se encontrou numa situação difícil, tendo sua cota reduzida pela metade, como se lhes dissessem: você alimenta metade do seu rebanho um dia e outro não; depois é a ausência total do produto, que tem produtores que receberam sua cota em agosto deste ano e não mais.
Ao perguntar sobre a vinda do milho, os funcionários não sabem, comenta-se a pequena boca que a falta deve-se ao governo do Estado, outros atribuem a crise entre o mesmo e o PMDB, e no final das contas o prejuizo é para o produtor, que não tem outra saída a não ser ver novamente o que lhe sobrou do rebanho começar a definhar e caminhar para a morte. Estamos entre a cruz e a espada, não temos realmente esclarecimentos por parte dos gestores do programa.
A imprensa noticiou a quase 60 dias que estaria chegando no Estado determinada quantidade de milho, mas ao menos na região oeste não ocorreu.
Então fica a questão: Para onde iremos? a quem nos socorreremos? Uma coisa é certa, no próximo ano tem eleições e estes que ai estão chegarão de mansinho e dirão: foi culpa de fulano, ou de cicrano. e ai? o que fazemos?
Gostaria de ver, de verdade algum parlamentar (federal, estadual) do nosso Estado defender o produtor rural. Veja-se a questão da cajucultura: a castanha é o segundo produtor em exportação no nosso Estado, e o controle pelas indústrias está tão rigoroso que duvido que o mesmo ocorra com o produto importado. Mas como irá o pequeno produtor rural competir com o grande industrial, se este pode financiar campanhas e o produtor somente votar, mas asseguro, que nosso voto é mais poderoso do que os financiamentos de campanha.
Conforme diz o grande jornalista Boris Casoy: "ISTO É UMA VERGONHA."
Não somos somente produtores de caju, nós fazemos a agricultura que alimenta nosso país, pois 70% do que está na mesa das famílias vem da agricultura de pequenos e médios produtores. MERECEMOS RESPEITO.
Como dizem os "novos baianos" em uma de suas canções: " Não há considerações gerais a fazer, tá tudo aí, tá tudo aí para quem quiser ver..."
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