"A importação do leite em pó estará para a bacia leiteira do RN como o bicudo esteve para o algodão. Vai destruir a produção".
O alerta é do novo Presidente da Anorc - Associação Norteriograndense de
Criadores - José Teixeira de Souza Junior, eleito em chapa de consenso e
empossado ontem.
Na opinião do Presidente, o momento é de "união entre produtores,
industriais, classe política e Governo do Estado para fortalecer o setor
e mostrar que é possível, mesmo no ambiente de seca, aumentar a
produção de leite".
Ele revela que a Anorc quer estabelecer uma convivência harmoniosa e
técnica com o Governo do Estado e pede apoio do Sebrae, da Fiern, da
Faern e de outras entidades, colocando suas equipes para produzir
estudos que viabilizem e fortaleçam a bacia leiteira do RN.
"Tenho convicação que é possível um aumento de até 30% na produção de
leite do RN, atendendo assim as necessidades do Programa do Leite, que é
de 120 mil litros. O preço é importante, mas agora queremos evitar que
toda a cadeia produtiva seja destruída pela importação do leite em pó".
Atualmente a produção comprada pelo Governo é de 90 mil litros.
Além de ameaçar fechar todas as vacarias do RN, a importação tem outra
face devastadora: gera emprego na Argentina, de onde vem a maior parte
do produto, e reduz no Estado.
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