CAJUEIRO
No próximo sábado dia 12/11/2011, os produtores de castanha e de caju de toda a região do médio e alto oeste irão promover ato público para protestar contra a falta de políticas públicas para o setor, bem como o baixo preço pago pelas indústrias de beneficiamento de castanha e de caju. Os preços são umaverdadeira calamidade e transformam os produtores rurais em meros empregados da indústria.
Omais interessante é que a indústria de beneficamento de castanha, na sua maioria formam estoques com recursos públicos, através do EGF - agroindustrial, onde o governo preconiza neste ato o preço minimo de R$1,35 por quilo de castanha in natura, mas esta determinação não é cumprida pela indústria, que está "mandando" seus atravessadores comprarem o produto na bagatela de R$1,15 ou R$1,10, o que está muito abaixo do que os produtores calculam como preço minimo ideal que é de R$1,50.
Os cálculos dos produtores levam em consideração também a idade do pomar, os tratos culturasi que são necessários ao pomar e as condições edafoclimáticas dentres outros pontos, e constatam o valor mínimo em R$1,50 por quilo de castanha. Não é pensamento dos produtores entra em conflito com indústria e governo, mas sim alertar para a real situação da cajucultura e dizer as autoridades que a falência da atividade - fato que está em plena ascenção - é o decreto sumário da miséria total do semi árido nordestino.
A cajucultura caminha a passos largos para a falência total, exemplo dessa natureza já ocorreu com a carnaúba, oiticica, algodão, milho, feijão e muitos outros produtos advindos das pequenas e médias propriedades que eram responsáveis pela renda e vida digna dos produtores. E o que observamos é que todas estas atividades, foram desaparencendo sem que existisse reação por parte dos produtores e nenhuma ação por parte das autoridades governamentais.
O cajueiro, nome científico Anacardium occidentale, é uma planta originária do norte e nordeste do Brasil, também é do Brasil (EMBRAPA) a tecnologia de ponta para o desenvolvimento da cajucultura, diga-se de antemão, o cajueiro anão precoce, dessa forma, não entendemos como com todo esse aparato somos os quarto país produtor de castanha no mundo, perdendo para países como: Vietnã (1º), India (2º), Guiné Bissau - Africa (3º), todos esses países, importaram nosso produto e tecnologia (ao menos) é o que observamos) se alguem tiver dados mais concretos por favor nos envie - è absurdo que as políticas nacionais para este e muitos outros setores, sejam políticas de governos e não de Estado que seriam duradouras.
As timidas ações desenvolvidas pelo governo do Estado, diga-se Governo Wilma de Faria, com a distribuição de mudas, somente renderam lucros aos viveiros que venderam essas mudas superfaturadas (enquanto o produtor comprava mudas de qualidade por R$1,50, o governo pagava R$3,00 ou mais, e para piorar, chegavam aos produtores em péssimas condições e muitas já em fase terminal.
Nossa esperança passa pela organização dos produtores, em busca de políticas agrícolas reais e concretas, no governo do Estado, contamos com a forte presença de um defensor nato da cajucultura que é o Dr. José Simplício. Aguardemos pois a presença maciça dos produtores no ato de protesto.
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