Aliança PT-PMDB dificulta apoio de Garibaldi ao DEM
LUÍS JUETÊ
Da Redação
A confirmação da aliança nacional entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) afasta em definitivo a possibilidade de uma composição entre o PMDB e os Democratas em nível de Rio Grande do Norte. Em reunião ocorrida no Palácio do Planalto na noite de terça-feira passada, PT e PMDB selaram entendimento para o apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) na presidência da República e caberá o PMDB indicar o candidato a vice.
A decisão nacional dos peemedebistas terá reflexo direto no Rio Grande do Norte. Mesmo com o fim da verticalização que estabelecia reprodução nos Estados da aliança celebrada nacionalmente, a questão da fidelidade partidária poderá impedir o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) de estar no palanque oposicionista. O parlamentar é o único membro da executiva estadual da legenda que defende apoio à candidatura da senadora Rosalba Rosado ao Governo do Rio Grande do Norte no pleito do próximo ano.
"Agora, com o fechamento da aliança entre as duas legendas, o senador (Garibaldi) fica encurralado. Seria uma situação vexatória para o PMDB do Rio Grande do Norte com o deputado Henrique (Alves) liderando o palanque da ministra Dilma Rousseff e o senador Garibaldi no palanque da oposição. Eu digo vexatório porque Henrique, como é de conhecimento público foi um dos principais articuladores desta aliança nacional entre o PMDB e o PT e defensor do nome do deputado Michel Temer para ser o candidato a vice-presidente da República na chapa de Dilma", comentou um membro do diretório estadual do PMDB ontem no final da tarde em conversa informal com a editoria de Política da GAZETA DO OESTE.
QUESTÃO INTERNA - Na opinião do jurista Armando Holanda que é considerado um dos mais respeitados advogados na área eleitoral em nível de Rio Grande do Norte, a questão envolvendo a posição do senador Garibaldi Alves Filho e a aliança do PMDB com o PT deve ser resolvida internamente pelo comando estadual da agremiação. "A legenda pode punir o parlamentar ou mesmo ignorar a sua posição", explicou o jurista ao ser entrevistado pela editoria de Política da GAZETA DO OESTE. Armando explicou que tecnicamente no campo do Direito a situação é classificada como Interna Corporis que vem do latim e significa exatamente que se trata de uma questão que depende exclusivamente da economia interna da sigla.
"Essa questão deve ser resolvida na intimidade do próprio partido. No Direito, essa questão é chamada Interna Corporis e que prevê exatamente esses fatos no tocante à economia interna do partido. Um exemplo é o caso da senadora Marina Silva que trocou o PT pelo PV sem que houvesse qualquer tipo de punição por parte do Partido dos Trabalhadores", disse.
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