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terça-feira, 13 de abril de 2010

João Maia diz que não definiu seus votos para o Senado

LUÍS JUETÊ

Da Redação (Gazeta do Oeste)

O presidente do Partido da República no Rio Grande do Norte, deputado federal João Maia, afirmou que não tem qualquer definição quanto aos dois nomes que contarão com o seu apoio na disputa pelo Senado da República no pleito deste ano. Entrevistado na Rádio Cabugi do Seridó no fim de semana passada, o parlamentar republicano chegou a ironizar o processo eleitoral deste ano. "A eleição do Rio Grande do Norte em 2010 está, digamos assim, de vaca desconhecer o bezerro", brincou o parlamentar.

João Maia entende que não é prudente definir neste momento quem serão os candidatos ao Senado da República. O presidente regional do PR disse que primeiramente a legenda pretende ouvir unilateralmente quais os projetos que serão apresentados por cada um dos postulantes. Ele fez questão de lembrar que os três principais concorrentes são ex-governadores e que desempenharam a função por dois mandatos, ou seja, oito anos.

"Definir a chapa agora não sai bem, então vamos às questões principais, vamos discutir projetos para o Estado. Vamos discutir a conveniência de cada um, de cada partido. Nós temos para o Senado da República três ex-governadores do Rio Grande do Norte. Todos os três com oito anos de mandato. Isso é uma história. Eu não quero definir isso agora", disse Maia.

Em relação às finanças do Estado, o deputado federal potiguar revelou que tem feito indagações permanentes ao governador Iberê Ferreira de Souza (PSB) a respeito da situação em que se encontra a administração, no que se refere aos recursos. João Maia disse que as suas principais indagações giram em torno de dotação orçamentária para ser aplicada na saúde pública, na recuperação de estradas e também a segurança pública. João Maia chegou a dizer que as respostas do governador não apresentam firmeza.

"Eu sou realmente uma pessoa franca. Eu gosto de franqueza e também gosto de fazer mais do que falar. Eu tenho perguntado isso ao governador Iberê Ferreira constantemente. Nós temos aí recursos necessários para fazer um projeto para segurança, para estradas, para saúde? E eu vou dizer uma coisa assim, um pouco constrangedora: eu não sinto firmeza do governador Iberê Ferreira de Souza na resposta em relação a isso. Ele me diz que sim, mais eu não sinto que seja aquele sim convincente", acrescentou João. Ontem pela manhã, o deputado federal e dirigente regional do PR reuniu-se juntamente com o presidente estadual do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), deputado federal Henrique Eduardo Alves, e com a presidente do Partido Verde no Rio Grande do Norte, prefeita de Natal, Micarla de Souza. Na oportunidade ficou selada a aliança no campo proporcional entre as legendas para o pleito de 3 de outubro.

Ele chegou a comparar a formação de uma aliança eleitoral como um casamento, onde deve existir interesse de ambas as partes para que se chegue a um bom relacionamento entre os dois. "Eu sempre digo que aliança é que nem casamento; os dois têm que querer. Mais do que isso é bom para todo mundo, se não for não vai acontecer", explica o deputado.

Deputado do PR lembra dificuldades do PMDB

João Maia reconheceu ainda que a situação do PMDB é a que exige maior articulação política. O presidente do PR também assinalou que a chapa para deputado estadual do seu partido apresenta algumas restrições no que se refere à aliança com o PV e com o PMDB. Segundo o parlamentar, os detalhes referentes a cada uma das agremiações serão alvo de discussão e tendem a ser solucionadas nas próximas reuniões dos líderes das legendas.

"A gente sabe que a gente precisa procurar uma solução com o deputado Henrique Alves em função da questão que ele tem com o senador Garibaldi Alves Filho. A chapa para a Assembleia Legislativa do PR tem sérias restrições e sinceras a essa aliança. Então nós vamos procurar como resolvermos essas questões. Nós temos que conciliar os interesses dos partidos porque como Henrique é presidente do PMDB, eu sou presidente do PR e Micarla é presidente do PV, nós temos que procurar um entendimento que concilie os interesses de todos os partidos. Não pode ser uma aliança que um partido ganhe e outro perca", raciocinou o deputado.


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