Potencial hídrico desperdiçado no Oeste
barragem de Santa Cruz do Apodi
3,5 bilhões de metros cúbicos de água doce armazenada em açudes e barragens da Região Oeste do Rio Grande do Norte, um grande potencial hídrico pouco aproveitado pela população da região, especificamente na agricultura irrigada. Para o reitor Josivan Barbosa, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), falta ao Rio Grande do Norte o que está sendo feito no Ceará.
Barbosa se refere ao aproveitamento da água da Barragem do Castanhão, que tem capacidade para armazenar 7,2 bilhões de metros cúbicos de água na região do Vale do Jaguaribe. "O Distrito Irritado do Jaguaribe-Apodi (DIJA) tem 2,5 mil hectares. São mais de 300 colonos que estão assumindo o controle administrativo da área, produzindo e gerando milhares de empregos diretos e influenciando diretamente na balança comercial do Estado.
No Rio Grande do Norte o potencial hídrico é ainda maior e em áreas distintas, o que poderia permitir um desenvolvimento regional mais consistente e justo do ponto de vista social. Entretanto, caminha no sentido contrário. Na região do Vale do Açu é onde está a maior concentração de reservatórios e áreas agricultáveis banhadas com água da Bacia Hidrográfica Piranhas/Açu.
Se irrigada fosse, na região do Vale do Açu poderia ser aproveitados mais de 20 mil hectares, com água dos açudes Mendubim, Lagoa do Piató, Açude do Pataxó e, principalmente, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, respectivamente nas cidades de Assu, Ipanguaçu e Itajá. A região do Vale do Açu tem pouco mais de 3,5 mil hectares aproveitados pela agricultura irrigada, especialmente com produção de banana para mercado local e União Européia.
A região já teve grandes produtores de frutas, mas nos últimos anos vem registrando quedas frequentes, com a saída da Frunort e agora da Delmont Fresh. A primeira produzia na região de Carnaubais e Assu. A segunda produz banana nos municípios de Ipanguaçu, Assu, Carnaubais e Alto do Rodrigues. Entretanto, nos últimos 12 meses transferiu 50% de sua produção para o estado do Ceará, precisamente para o DIJA, na região de Limoeiro do Norte.
A Barragem Armando Ribeiro alimenta quatro sistemas adutores, sendo eles usados para abastecer as cidades da região Central, Seridó, Médio Oeste e Mossoró. São mais de meio milhão de habitantes recebendo água diariamente da Barragem Armando Ribeiro.
Na região de Upanema, a Barragem de Umari armazena 300 milhões de metros cúbicos de água, numa região que poderiam ser aproveitados até dois mil hectares de terra, especialmente nas áreas dos Assentamentos Palheiros II e III. Tem também a região próxima à chapada, dotada de terras férteis e água mineral numa profundidade inferior a 100 metros. Umari não abastece sistemaadutor.
Na região de Apodi, a Barragem de Santa Cruz ainda não alimenta sistema adutor, mas tem um em construção e outro sendo projetado. O primeiro para abastecer 26 cidades e 64 comunidades rurais na região do Alto Oeste e o segundo para abastecer 30% de Mossoró. Quanto ao sistema de irrigação, o município de Apodi e região aguardam um projeto do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) de instalação do Distrito Irrigado da Chapada do Apodi.
O projeto prevê investimento de R$ 96 milhões. Segundo o diretor presidente do Dnocs, Elias Fernandes, os recursos já estão assegurados no Governo Federal e vai irrigar mais de 9 mil hectares na região. Por enquanto, a barragem de Santa Cruz é usada somente para pequenas estruturas de criação de tilápia em cativeiro. Para a prefeita Goreti Pinto, do PMDB, a água da barragem não está sendo usada como deveria, mas há uma expectativa de mudança.
Barbosa se refere ao aproveitamento da água da Barragem do Castanhão, que tem capacidade para armazenar 7,2 bilhões de metros cúbicos de água na região do Vale do Jaguaribe. "O Distrito Irritado do Jaguaribe-Apodi (DIJA) tem 2,5 mil hectares. São mais de 300 colonos que estão assumindo o controle administrativo da área, produzindo e gerando milhares de empregos diretos e influenciando diretamente na balança comercial do Estado.
No Rio Grande do Norte o potencial hídrico é ainda maior e em áreas distintas, o que poderia permitir um desenvolvimento regional mais consistente e justo do ponto de vista social. Entretanto, caminha no sentido contrário. Na região do Vale do Açu é onde está a maior concentração de reservatórios e áreas agricultáveis banhadas com água da Bacia Hidrográfica Piranhas/Açu.
Se irrigada fosse, na região do Vale do Açu poderia ser aproveitados mais de 20 mil hectares, com água dos açudes Mendubim, Lagoa do Piató, Açude do Pataxó e, principalmente, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, respectivamente nas cidades de Assu, Ipanguaçu e Itajá. A região do Vale do Açu tem pouco mais de 3,5 mil hectares aproveitados pela agricultura irrigada, especialmente com produção de banana para mercado local e União Européia.
A região já teve grandes produtores de frutas, mas nos últimos anos vem registrando quedas frequentes, com a saída da Frunort e agora da Delmont Fresh. A primeira produzia na região de Carnaubais e Assu. A segunda produz banana nos municípios de Ipanguaçu, Assu, Carnaubais e Alto do Rodrigues. Entretanto, nos últimos 12 meses transferiu 50% de sua produção para o estado do Ceará, precisamente para o DIJA, na região de Limoeiro do Norte.
A Barragem Armando Ribeiro alimenta quatro sistemas adutores, sendo eles usados para abastecer as cidades da região Central, Seridó, Médio Oeste e Mossoró. São mais de meio milhão de habitantes recebendo água diariamente da Barragem Armando Ribeiro.
Na região de Upanema, a Barragem de Umari armazena 300 milhões de metros cúbicos de água, numa região que poderiam ser aproveitados até dois mil hectares de terra, especialmente nas áreas dos Assentamentos Palheiros II e III. Tem também a região próxima à chapada, dotada de terras férteis e água mineral numa profundidade inferior a 100 metros. Umari não abastece sistemaadutor.
Na região de Apodi, a Barragem de Santa Cruz ainda não alimenta sistema adutor, mas tem um em construção e outro sendo projetado. O primeiro para abastecer 26 cidades e 64 comunidades rurais na região do Alto Oeste e o segundo para abastecer 30% de Mossoró. Quanto ao sistema de irrigação, o município de Apodi e região aguardam um projeto do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) de instalação do Distrito Irrigado da Chapada do Apodi.
O projeto prevê investimento de R$ 96 milhões. Segundo o diretor presidente do Dnocs, Elias Fernandes, os recursos já estão assegurados no Governo Federal e vai irrigar mais de 9 mil hectares na região. Por enquanto, a barragem de Santa Cruz é usada somente para pequenas estruturas de criação de tilápia em cativeiro. Para a prefeita Goreti Pinto, do PMDB, a água da barragem não está sendo usada como deveria, mas há uma expectativa de mudança.
Oeste tem área de 6 mil hectares com segurança hídrica
Apesar das áreas serem extensas e a água abundante, o reitor Josivan Barbosa, da Ufersa, disse que os estudos apontam que existem apenas 6 mil hectares agricultáveis com uma margem de segurança na região Oeste do Rio Grande do Norte. Explicou que tecnicamente é preciso projetar, considerando numa margem onde exista água por um período mínimo de 3 anos.
Sobre a Barragem de Santa Cruz, o reitor se mostrou preocupado. Segundo ele, está sendo construído um sistema adutor e outro está prestes a começar e o Dnocs prepara a construção de um Distrito Irrigado. "Haverá uma concorrência por água, pois a demanda destas estruturas é muito grande e o reservatório é de 600 milhões de metros cúbicos", explica.
Ainda sobre a Bacia Apodi/Mossoró, Josivan Barbosa disse que o aproveitamento deveria começar com investimentos em projetos voltados para a agricultura familiar, nas margens do rio Apodi/Mossoró, no eixo entre estas duas cidades. Segundo Josivan Barbosa, existem grandes áreas com terrenos férteis nesta região e milhares de pequenos agricultores.
A respeito da Barragem de Umari, o reitor se mostrou ainda mais preocupado, pois a região sequer tem projetos previstos de agricultura irrigada. Fala-se numa estrada. Só. Na região de Assu, o reitor lembra que o Projeto Mendubim, prevendo a irrigação de uma área de 9 mil hectares, precisa sair do papel, tamanha é sua importância social e econômica para o Estado.
Sobre a Bacia Piranhas/Açu, o principal problema é com o gerenciamento do manancial, que, apesar de muito importante do ponto de vista social e econômico, não tem um gerenciamento devido. Aguarda a instituição do Comitê Gestor de Bacia Hidrográfica Piranhas/Açu, que foi criada em dezembro de 2006 pelo presidente Lula, mas até agora não foi instalada de fato.
Apesar das áreas serem extensas e a água abundante, o reitor Josivan Barbosa, da Ufersa, disse que os estudos apontam que existem apenas 6 mil hectares agricultáveis com uma margem de segurança na região Oeste do Rio Grande do Norte. Explicou que tecnicamente é preciso projetar, considerando numa margem onde exista água por um período mínimo de 3 anos.
Sobre a Barragem de Santa Cruz, o reitor se mostrou preocupado. Segundo ele, está sendo construído um sistema adutor e outro está prestes a começar e o Dnocs prepara a construção de um Distrito Irrigado. "Haverá uma concorrência por água, pois a demanda destas estruturas é muito grande e o reservatório é de 600 milhões de metros cúbicos", explica.
Ainda sobre a Bacia Apodi/Mossoró, Josivan Barbosa disse que o aproveitamento deveria começar com investimentos em projetos voltados para a agricultura familiar, nas margens do rio Apodi/Mossoró, no eixo entre estas duas cidades. Segundo Josivan Barbosa, existem grandes áreas com terrenos férteis nesta região e milhares de pequenos agricultores.
A respeito da Barragem de Umari, o reitor se mostrou ainda mais preocupado, pois a região sequer tem projetos previstos de agricultura irrigada. Fala-se numa estrada. Só. Na região de Assu, o reitor lembra que o Projeto Mendubim, prevendo a irrigação de uma área de 9 mil hectares, precisa sair do papel, tamanha é sua importância social e econômica para o Estado.
Sobre a Bacia Piranhas/Açu, o principal problema é com o gerenciamento do manancial, que, apesar de muito importante do ponto de vista social e econômico, não tem um gerenciamento devido. Aguarda a instituição do Comitê Gestor de Bacia Hidrográfica Piranhas/Açu, que foi criada em dezembro de 2006 pelo presidente Lula, mas até agora não foi instalada de fato.
fonte: jornal de fato - mossoró
Nenhum comentário:
Postar um comentário